Estado do Rio de Janeiro confirma primeiro caso de febre oropouche
Foto: Reprodução Unsplash/Wolfgang Hasselmann |
O estado do Rio de Janeiro confirmou, nesta quinta-feira
(29), o primeiro caso de infecção pela febre oropouche. O caso é de um homem de
42 anos que viajou recentemente para o Amazonas, estado que vive um expressivo
aumento no número de casos nos primeiros meses de 2024.
A febre oropouche foi confirmada por meio de exame
laboratorial (IgM reagente) feito pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). O caso
é considerado importado, o que significa que ainda não há transmissão entre
pacientes no território. O paciente não foi internado durante o período da
doença e, segundo a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, apresenta
boa evolução do quadro clínico.
A doença tem quadro semelhante ao da dengue, com febre,
dor de cabeça, artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular),
calafrios, náuseas e vômitos persistentes por até sete dias, na maioria dos
casos. Quadros mais graves podem levar à meningite asséptica e efeitos da
doença por semanas, segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
Em nota divulgada pela secretaria, Claudia Mello,
secretária de estado de saúde, afirma que "o Centro de Inteligência em
Saúde da Secretaria de Estado de Saúde segue acompanhando a investigação sobre
o caso; como os sintomas são muito parecidos com os da dengue, é importante que
os médicos perguntem, logo no primeiro atendimento, se o paciente viajou para
região Norte do país recentemente e, da mesma forma, quem viajou para a região
Norte deve relatar esta informação".
A febre oropouche é uma arbovirose —doença transmitida por
insetos, como mosquitos, aranhas e carrapatos. O vírus infecta os seres humanos
principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensi, conhecido como
maruim. Primatas e bichos-preguiça são os hospedeiros do vírus. Em áreas
urbanas, os humanos se tornam os hospedeiros.
Peru, Equador, Guiana, Colômbia e Brasil tiveram registros
da doença em anos anteriores e, de acordo com a nota da Opas, os casos se
concentram nos últimos dez anos na Amazônia. Em 2011, também no período
chuvoso, Manaus teve um surto de oropouche.
Fonte: Bahia Notícias