Acusado de assassinatos no Pará tatua nas costas cemitério das vítimas
“Ele
tatuou uma sepultura para cada pessoa que matou”, diz a delegada Eliete Alves,
da Seccional de Icoaraci, distrito de Belém, sobre um dos casos mais
“espantosos que já se viu”. Trazendo no corpo as marcas dos crimes, Marcelo de
Jesus Reis Rabelo, 49 anos, foi preso no domingo (21), suspeito de obrigar a
própria filha a tomar chumbinho. A vítima, de 21 anos, era abusada pelo pai
desde 8 anos de idade e chegou a ter dois filhos de Marcelo. A mulher está
internada em estado gravíssimo no Pronto Socorro Mário Pinotti, na travessa 14
de março, na área central de Belém. Um parente denunciou o suspeito. Segundo a
delegada, Marcelo confessou que envenenou a filha e disse que a tatuagem que
tem nas costas representa os crimes que cometeu. “Ele responde por três
assassinatos, e disse que os túmulos representam cada uma das vítimas”, conta a
policial. A primeira vez que ele foi detido foi em 1995. Além dos homicídios,
Marcelo responde por crimes como violação de sepultura, violação de cadáver,
estelionato, roubo e lesão corporal. Preso desde 2013, ele fugiu no dia 17 de
dezembro de 2017 da Colônia Agrícola de Santa Isabel, nordeste do Pará, dois
dias após ter sido beneficiado com o regime semiaberto. “Com uma ficha longa de
antecedentes, ele não deveria ter sido beneficiado pelo regime semiaberto,
porque assim que ele saiu, consequentemente, se deu a fuga. Então esse novo
crime veio dessa fragilidade da nossa legislação”, critica a delegada Eliete.
Marcelo foi encaminhado para a Seccional de São Brás e aguarda transferência
para o sistema penal.