Justiça Federal em Curitiba retoma trabalhos da Lava Jato
Os trabalhos da
Operação Lava Jato serão retomados hoje (1º) na Justiça Federal em Curitiba.
Cinco testemunhas de acusação devem ser ouvidas nesta quarta-feira, na ação
penal que investiga o ex-ministro Antônio Palocci, o empresário Marcelo
Odebrecht e mais 13 pessoas. Eles foram denunciados pelos crimes de corrupção e
lavagem de dinheiro, após a 35ª fase da Lava Jato, chamada de Omertá,
deflagrada em setembro do ano passado e que resultou na prisão de Palocci.
Tanto o ex-ministro quanto Marcelo Odebrecht estão presos na carceragem da
Polícia Federal (PF) na capital paranaense. Estão previstos para hoje os
depoimentos dos executivos da empresa UTC, Ricardo Pessoa e Walmir Santana, e
dos empresários Vinícius Veiga Borin, Marco Pereira de Sousa Bilinski e Luiz
Augusto França. Todos já assinaram acordos de delação premiada com a Justiça.
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Palocci e a
construtora Odebrecht teriam estabelecido um “amplo e permanente esquema de
corrupção” entre 2006 e 2015. O esquema envolveria o pagamento de propina ao
Partido dos Trabalhadores (PT). Os procuradores do MPF afirmam que o
ex-ministro teria atuado de modo a garantir que a empreiteira vencesse
licitação da Petrobras para a contratação de 21 sondas. Entre os denunciados no
processo aparecem também o ex-assessor de Palocci, Branislav Kontic, o
ex-marqueteiro do PT João Santana, a publicitária Mônica Moura, o ex-tesoureiro
do PT João Vaccari Neto, o ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa e João Carlos
Ferraz, ex-presidente da Sete Brasil. À época em que foram feitas, as prisões
foram criticadas pela defesa de Palocci. Os advogados disseram que tudo ocorreu
no estilo “ditadura militar”, de maneira secreta, e negaram as acusações, que
consideraram vazias. O diretório nacional do partido classificou o fato como
espetáculo pré-eleitoral, já que aconteceu seis dias antes das eleições
municipais.
Fonte: Agência Brasil